ANÁLISE DE ALIMENTOS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS=SAIS MINERAIS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
CONTEÚDO MINERAL
CONTEÚDO MINERAL
CONTEÚDO MINERAL
CONTEÚDO MINERAL
CONTEÚDO MINERAL
CONTEÚDO MINERAL
CONTEÚDO MINERAL
CONTEÚDO MINERAL
CONTEÚDO MINERAL
IMPORTÂNCIA DETERMINAÇÃO DE CINZAS
Doença Celíaca
GLÚTEN
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Análise de alimentos

1. ANÁLISE DE ALIMENTOS

Determinação
de
Cinzas em Alimentos
Profa. Dra. Maria Teresa Ribeiro Silva
Diamantino

2. DETERMINAÇÃO DE CINZAS=SAIS MINERAIS

Def.: É o resíduo remanescente obtido quando
compostos orgânicos são decompostos ou liberados a
500 - 600 C. Este resíduo consiste de óxidos e sais
que contêm ânions tais como fosfatos, cloretos, sulfatos
e outros haletos e cátions tais como: sódio, potássio,
cálcio, magnésio, ferro e manganês.
Principais elementos:
K, Na, Mg
e Ca maior teor
Al, Fe, Cu, Mn e Zn médio teor

Se, As, F e
I pequeno teor

3. DETERMINAÇÃO DE CINZAS

Determinação: Aquecer
a amostra à 550 C em
Mufla e pesar o resíduo
mineral seco. À essa
temperatura
toda
a
matéria
orgânica
é
convertida a CO2 e H2O
(combustão
completa)
restando
apenas
a
matéria mineral. Neste
procedimento
também
são
perdidos
componentes inorgânicos
voláteis (Ex: Hg).
Exemplo de Mufla, revestida com
tijolo refratário para suportar
altas temperaturas.

4. DETERMINAÇÃO DE CINZAS

Obs: Durante o processo de obtenção de cinzas, os sais orgânicos
se decompõem, perdendo a sua porção que contém carbono. O
metal proveniente desses sais formam óxido ou reagem com outros
ânions da matriz.
Ex: Oxalato de cálcio óxido + carbonato de cálcio
Importância:
Determinação dos elementos inorgânicos presentes na amostra.
Ex.: Ca presente nos produtos de leite, cereais, ovos, peixes e
vegetais. Fe grãos, farinhas, carnes,cereais. Mg cereais e
legumes. Cu frutos do mar, fígado, cereais.
Índice de qualidade de alimentos refinados. Ex: farinha de trigo e
açúcar.
Determinação de adulterações.

5. DETERMINAÇÃO DE CINZAS

CINZAS
TOTAIS:
Procedimento:
Aquecer o cadinho a
550 C. Pesar o
cadinho de porcelana
ou platina. Resfriar em
dessecador. Pesar de
3 - 5 g de amostra.
Aquecer o cadinho +
amostra até 550 C
até peso constante e
cinzas
brancas.
Resfriar
em
dessecador. Pesar.
Mufla – aparelho utilizado para
determinação de cinzas

6. DETERMINAÇÃO DE CINZAS

CINZAS SOLÚVEIS E INSOLÚVEIS EM ÁGUA: Procedimento: Adicione
água à cinza obtida. Aqueça até à ebulição. Filtrar em papel de filtro isento
de cinzas (Ashless). Lavar com água quente. Reserve o filtrado e a água de
lavagem para determinação de alcalinidade da cinza solúvel. Retorne o
papel de filtro e seu conteúdo (resíduo) à Mufla para incineração. Resfriar e
pesar % cinzas insolúveis em água.
Obs: % cinza solúvel = cinza total - cinza insolúvel.
Alcalinidade da cinza solúvel em água: É importante na análise de sucos
de fruta pois é um índice do conteúdo de fruta presente (ácido ou sal
orgânico). Procedimento: Titule o filtrado e a água de lavagem reservados
com ácido clorídrico 0,1 N padronizado. A alcalinidade da cinza é expressa
como o número de mL do ácido/ 100 g amostra.
CINZAS INSOLÚVEIS EM ÁCIDO: (silicatos = areia). Procedimento: A
partir do resíduo de cinza total, adicione uma solução de HCl 10%. Aqueça
até à ebulição. Filtrar em papel de filtro isento de cinzas. Lavar com água
quente e descartar o filtrado. Retornar o papel de filtro + resíduo à Mufla e
incinerar. Resfriar e pesar = %cinza insolúvel ácido.

7. DETERMINAÇÃO DE CINZAS

Quantidade de amostra: leite e cereais - 3 a 5 g. Sucos, frutas,
legumes - 25 g.
Preparo da amostra: líquidos e materiais úmidos = pré
secagem.
sólidos = partículas pequenas (moer).
incineração direta com aumento gradual de temperatura.
pré-combustão com bico de Bunsen.
amostras com alta % de gordura: fazer incineração prévia ou
extração da gordura para evitar perdas por aquecimentobrusco
amostras com alta % de carboidratos: adicionar vaselina ou óleo de
oliva antes de incinerar para evitar espuma (perda).
Compostos que facilitam a incineração: carbonato de amônio,
acetato de magnésio, ácido nítrico. A adição desses compostos
garantem cinza clara e aceleram a incineração e como são voláteis,
não entram no peso final.

8. DETERMINAÇÃO DE CINZAS

Tipos de cadinho:
Quartzo ou porcelana: resiste
aos halogenêos, substâncias
neutras e ácidas exceto HF e
H3PO4. É sensível a álcalis.
Resistem até 1100 a 1200 C.
Relativamente
baratos mas
pouco resistentes a choques
mecânicos.
Platina: É bastante utilizado por
ser um bom condutor de calor,
tem P.F. - 1773 C, mas é caro e
sofre corrosão em meio redutor
(resíduo de material orgânico) e
também corrosão por óxidos de
Fe, Pb, Sn ou os elementos Pb,
Sb, SR, Br.
Aço
inox:
Mais
barato,
resistente, contém 18% de Cr e
8% de Níquel.

9. DETERMINAÇÃO DE CINZAS

Perdas devido à altas temperaturas: volatilização de
sais de Na e K, óxidos de Na e K. Volatilização total ou
parcial de As, B, Cd, Cr, Cu, Fe, Hg, Ni, P e Zn. Na
forma elementar ou como cloretos, acetatos, oxiácidos,
citratos, etc.
Obs: Nem sempre é possível utilizar temperaturas
superiores a 400 C. Neste caso, utilizar oxidantes para
acelerar a digestão do material orgânico e utilizar
temperaturas mais baixas. Ex: Usar: HNO3 / K2SO4
(melhor) ou H2SO4 / K2SO4 (deixa o sulfato como
contaminante).

10. DETERMINAÇÃO DE CINZAS

Considerações:
A cinza de um material é o ponto de partida para a análise de minerais
específicos.
Estes minerais são analisados tanto para fins nutricionais como também para
segurança. Como exemplo pode-se citar os resíduos metálicos provenientes
de inseticidas e outros agrotóxicos e também o estanho proveniente de
corrosão de latas, etc.
Os processos de determinação do conteúdo de cinzas são de grande valor em
alimentos, por várias razões. Por exemplo a presença de grande quantidade de
cinzas em produtos como açúcar, amido, gelatina, etc. não é desejável.
Um outro exemplo é que devem ser feitas determinações de cinzas durante o
processamento de cana-de-açúcar para a produção de açúcar, devido a
problemas causados por alta concentração de minerais no caldo, que causam
interferência durante a clarificação e cristalização.
A presença de determinados minerais (carbonatos) na água pode causar
problemas de incrustações nas tubulações e caldeira ou diminuir a eficiência
de produtos usados na limpeza e sanitização da indústria

11. DETERMINAÇÃO DE CINZAS

A composição da cinza vai depender da natureza do alimento e do método de
determinação utilizado:
Ca - alta concentração em produtos lácteos, cereais, nozes, alguns peixes e certos
vegetais;
P - alta Concentração em produtos lácteos, grãos, nozes, carne, peixe, aves, ovos e
legumes.
Fe - alta concentração em grãos, farinhas, produtos farináceos, cereais assados e
cozidos, nozes, carne, aves, frutos do mar, peixes, ovos e legumes. Baixa concentração
em produtos lácteos, frutas e vegetais.
Na - sal é a principal fonte, e em quantidade média em produtos lácteos, frutas, cereais,
nozes, carne, peixes, aves, ovos e vegetais.
Mg- nozes, cereais e legumes.
Mn - cereais, vegetais e algumas frutas e carnes.
Cu - frutos do mar, cereais e vegetais.
S - em alimentos ricos em proteínas e alguns vegetais.
Co - vegetais e frutas.
Zn - frutos do mar e em pequena quantidade na maioria dos alimentos.

12. DETERMINAÇÃO DE CINZAS

2 - FUNÇÕES DOS SAIS MINERAIS NO ORGANISMO:
a)Função constituinte, fazendo parte de ossos e dentes,
dando-lhes rigidez;
b)Fazem parte de alguns compostos, tais como enzimas
vitaminas e hormônios;
c)Fazem parte de alguns tecidos brancos, como é o caso do
fósforo, que se encontra no cérebro;
d)Mantém o equilíbrio osmótico nos líquidos do organismo,
comportando-se como íons
e)Colaboram na manutenção do equilíbrio acido - base, por
poderem comportar-se como ácido ou bases.
f)Os minerais são necessários ao processo vital, devendo estar
contidos nos alimentos em quantidades e proporções
adequadas

13. DETERMINAÇÃO DE CINZAS

O conteúdo mineral médio de alguns alimentos:
PRODUTO
% DE SAIS MINERAIS
Leite .................................................................... 0,7 - 6,0
Queijo................................................................... 3,0
Cereais................................................................. 0,3 a 3,3
Ossos.................................................................... 17
Carne e produtos cárneos................................... 0,5 a 6,7
Carne + Ossos..................................................... 5 - 6
Frutas frescas....................................................... 0,3 a 2,1
Hortaliças frescas................................................. 0,4 a 2,1
Peixes e produtos marinhos................................. 1,2 a 3,9
Óleos e gorduras vegetais.................................... 0,0
Manteiga e margarina............................................. 2,5
Aves................................................................... ..... 1,0 – 1,2
Açúcares e xaropes.............................................. 0,0 - 1,2
Leguminosas........................................................ . 2,2 a 4,0
Nozes...................................................................... 1,7 a 3,6

14. DETERMINAÇÃO DE CINZAS

CINZA ÚMIDA
É mais comumente utilizada para determinação da composição individual da cinza. Pode-se utilizar
baixas temperaturas, que evitam as perdas por volatilização. É mais rápida. Utiliza reagentes muito
corrosivos. Necessidade de brancos para os reagentes. Não é prático como método de rotina.
Exige maior supervisão. Não serve para amostras grandes.É utilizada na determinação de elementos
em traços, que podem ser perdidos na cinza seca, e também de metais tóxicos.A digestão pode ser
feita com um único ácido, mas às vezes não é suficiente para a completa decomposição da matéria
orgânica:
Ácido sulfúrico: não é um agente oxidante muito forte e a completa decomposição pode demorar,
mas para acelerar o processo pode-se adicionar um sal como sulfato de potássio que vai aumentar o
ponto de ebulição do ácido, acelerando assim o processo.
Ácido nítrico: é um bom oxidante, mas pode ser evaporado antes da oxidação terminar e também
pode causar a formação de óxidos insolúveis.O mais utilizado na determinação da cinza úmida é a
mistura de mais de um ácido.
O mais utilizado na determinação da cinza úmida é a mistura de mais de um ácido. A mistura mais
utilizada é de H2SO4-HNO3, cujas quantidades vão variar com o tipo de amostra. E bastante utilizada
em amostras vegetais, porém pode haver volatização de alguns minerais como arsênio, selênio,
mercúrio etc.

15. DETERMINAÇÃO DE CINZAS

ANÁLISE DOS ELEMENTOS INDIVIDUAIS
A cinza obtida por via úmida está pronta para ser
utilizada para análise individual de cada elemento
mineral nela contido. Os métodos que são
empregados nesta análise são:
Absorção atômica;
Emissão de chama;
Colorimetria;
Turbidimetria;
Titulometria.
OBS: Todos os métodos, com exceção do último,
são métodos instrumentais em que os equipamentos
utilizados são sofisticados e caros.

16. DETERMINAÇÃO DE CINZAS

Existem regras para a obtenção de resultados precisos e exatos na análise de
traços de metais que estão presentes na ordem de nanogramas e picogramas.
São as seguintes:
1. Todo o material utilizado (como equipamento e cadinhos) deve ser o mais
puro e inerte possível. Estes requisitos são obtidos principalmente com
quartzo, platina e, em menor grau, com polipropileno.
2. Limpeza dos equipamentos e cadinhos por banho de vapor é muito
importante para diminuir as interferências e a adsorção dos elementos.
3. Para diminuir os erros sistemáticos, recomenda-se o uso de microtécnicas
com pequenos equipamentos e cadinhos. Se elementos voláteis vão ser
determinados, o sistema deve ser fechado e a temperatura a mais baixa
possível.
4. Os reagentes e material de laboratório devem ser os mais puros possíveis.
5.Evitar a contaminação do ar no laboratório.
6. Manipulações e etapas de trabalho devem ser restringidas ao mínimo para
reduzir contaminações inevitáveis.
7. Todo o procedimento deve ser verificado por análises comparativas
interlaboratoriais.

17. CONTEÚDO MINERAL

CÁLCIO
Funções: O cálcio é necessário para a formação dos ossos e dentes,
para O correto funcionamento do sistema nervoso e muscular e
coagulação do sangue.
Fontes: Leite e derivados, frutas secas, legumes e espinafre
Necessidades Diárias: 800 mg (pessoa adulta)
Conseqüências: seu pouco consumo causa degradação dos ossos;
raquitismo; excitação de nervos e músculos
Obs: Seu excesso pode haver formação de cálculos renais. Seu
metabolismo está intimamente ligado ao do fósforo, portanto pode
haver certas complicações quando do consumo de alimentos ricos em
fósforo e pobres em cálcio. Menos de 40 % do cálcio da dieta e
absorvido pelo organismo. Seu aproveitamento é melhor quando
associado com proteínas (leite) e quando da presença de vitamina D.

18. CONTEÚDO MINERAL

CLORO
Funções: Como íon contrário ao sódio, o cloro é importante
para manter a pressão osmótica das células e para a função
renal; é um componente do suco gástrico (HCl)
Fontes: alimentos salgados (NaCl)
Necessidades Diárias: 830 mg (quantidade mínima estimada)
Conseqüências: deficiência causa dores de cabeça, câimbras
musculares e má circulação.

19. CONTEÚDO MINERAL

FERRO
Funções: faz parte dos pigmentos do sangue (hemoglobina) e atua no
transporte de O2
Fontes: carnes e derivados,
espinafre;
Necessidades Diárias: 10 a 15 mg (pessoa adulta)
Conseqüências: carência causa anemia, cansaço e debilidade
muscular.
OBS: Excesso provoca pardeamento da cor da pele e transtornos
hepáticos. Absorção do ferro de origem animal é melhor que os de
origem vegetal, a Vitamina C melhora sua absorção e café e o chá
preto dificultam devido a formação de sais com tanino.
vísceras, cereais integrais, hortaliças

20. CONTEÚDO MINERAL

POTÁSSIO
Funções: necessário para manter a pressão osmótica
especialmente nos líquidos intersticiais; facilita o transporte de
água nos tecidos;
Fontes:frutas,hortaliças,batatas,carne, leite;
Necessidades Diárias: 2000 mg (pessoa adulta)
Conseqüências: carência causa debilidade muscular, letargia e
transtorno da função cardíaca.
Excesso é eliminado na urina se a função renal é normal.Como
e potássio é diurético, em uma alimentação rica pode causar
perda de peso.

21. CONTEÚDO MINERAL

MAGNÉSIO
Funções: essencial para formação óssea; para a atividade
muscular e nervosa e, também, para muitos processos
metabólicos.
Fontes: cereais, legumes, laticínios, hortaliças; frutas secas,
água mineral.
Necessidades Diárias: 300 a 350 mg (pessoa adulta)
Conseqüências: carência transtornos metabólicos e excitação
muscular

22. CONTEÚDO MINERAL

SÓDIO
Funções: retira água dos tecidos criando assim a pressão osmótica
nas células, regulando o metabolismo hídrico, sendo também
importante para a contração muscular e para muitos processos
metabólicos.
Fontes: sal marinho e sal gema, alimentos salgados, água mineral.
Necessidades Diárias: 550 (mínima diária) a 2000 mg
Conseqüências: carência causa dores de cabeça problemas
circulação, câimbras musculares. Excesso provoca hipertensão.
Atualmente a população brasileira consome em média 2 a 3 vezes
mais que as doses recomendadas. Pode-se recorrer a misturas de
sais pobres em sódio, como sais de K, Ca, Mg (sucedâneos do sal;
dietético).

23. CONTEÚDO MINERAL

FÓSFORO
Funções: junto com o Cálcio, participa da formação dos ossos
e dos dentes, componente de enzimas; participa da
transformação energética do metabolismo.
Fontes: carnes e derivados, leite e derivados, ovos, pescados,
cereais, bebidas de cola;
Necessidades Diárias: 1200 a 1500 mg (pessoa adulta)
Conseqüências: não se tem descrito carência de fósforo.
Excesso prejudica absorção de cálcio. Os orto- e polifosfatos
adicionados aos alimentos em quantidades permitidas não
apresentam contra-indicações

24. CONTEÚDO MINERAL

ELEMENTOS TRAÇOS
CROMO – participa do metabolismo dos hidratos de carbono; não se
conhece conseqüência de carência ou falta. Necessidades diárias de
50-200 µg . deve-se distinguir o cromo trivalente, presente em
alimentos, do cromo hexavalente, este sim cancerígeno, utilizado na
industria química. Fontes: elaborados de carnes, leveduras de cerveja,
queijos e cereais integrais
FLUOR– estabiliza os ossos e endurece o esmalte dental, (previne
cáries). Necessidades diárias de 1,0 mg. A deficiência de flúor produz
atrofia óssea e tendência à formação de cárie dental. Em excesso é
tóxico. Mesmo que exista com abundância na natureza, consumo
excessivo em alimentos é pouco provável. Fontes: pescado marinho,
cereais, vísceras, água e chá preto.
IODO - Indispensável na síntese de hormônios tireoideais.
Necessidades diárias de 0,18 a 0,20 mg. Fontes: pescado marinho,
vísceras, leite e ovos. A carência provoca o aumento da tireóide e a
formação do bócio e o excesso pode provocar o hipertireoidismo

25. CONTEÚDO MINERAL

COBRE - é um componente de muitas enzimas, que catalisam
processo de oxidação e redução, participa do metabolismo do ferro.
Fontes: vísceras, fígado, pescado, cacau, hortaliças verdes.
Necessidades diárias: 1,5 a 3,0 mg. A carência provoca doenças
sanguíneas e conteúdos elevados de ferro no fígado e alteração na
cor da pelo.
ZINCO- componente e elemento auxiliar de enzimas. Fontes: vísceras,
carne magra, laticínios, pescados e moluscos. Necessidades diárias:
12 a 15 mg. Carência produz dificuldade de crescimento, falta de
apetite, dificuldade de cicatrização e maior vulnerabilidade a
infecções. O zinco é pouco tóxico.
PERDAS DE MINERAIS DURANTE PROCESSAMENTO
O elevado grau de industrialização no processamento de alimentos
traz consigo a perda de minerais. Devido ao fato de que muitos
minerais são solúveis em água, os alimentos preparados por muito
tempo em imersão perdem substancialmente minerais. Para manter o
teor de minerais nos alimentos, a forma mais apropriada de
aquecimento é com vapor

26. IMPORTÂNCIA DETERMINAÇÃO DE CINZAS

Classificação da farinha de trigo:
Farinha de trigo integral – máx 1,75 % cinzas base seca
Farinha de trigo especial(malha 250mm) – máx 0,285 – 0,45% BS
Farinha de trigo comum – 0,85 – 1,00% BS
Curiosidades:
“Farinha de trigo com fermento”
“Farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico” (governo)
Ácido fólico: reduz risco de patologias no feto
Glúten – formado pela glutenina- gliadina. É uma rede que retém os
gases produzidos na fermentação.
Doença celíaca – intolerância ao glúten(gliadina- proteína do glúten)
Intestino →vilosidades → doença → intestino liso → ↓ absorção de
nutrientes (ferro, cálcio)
Alimentos que contém glúten: trigo, aveia, cevada, centeio
Dieta: substituir por: batata, mandioca, yacon.

27.

Doença Celíaca
A doença celíaca, também conhecida como afecção celíaca, enteropatia sensível ao
glúten, sprue celíaco ou ainda sprue não tropical, é provocada pela intolerância ao glúten.
Não sabe-se ao certo a data de sua descoberta, mas foi durante a Segunda Grande
Guerra, quando houve uma escassez dos produtos farináceos, que um médico holândes
verificou a melhora de crianças com essa doença.
O que é?
É uma doença do intestino delgado, com menor ou maior atrofia das vilosidades da
mucosa, o que causa prejuízo na absorção dos nutrientes, vitaminas, sais minerais e
água. As vilosidades são dobras da camada interna do intestino delgado que servem para
aumentar a superfície de absorção e sediar células com funções especializadas na
digestão.
Qual a relação com o glúten?
O glúten é um complexo de proteínas presente no trigo, cevada, malte, aveia e
centeio (sendo em maior proporção no trigo). Alimentos que contenham esses
componentes devem ser eliminados da dieta dos celíacos pois, é ele que causa os danos
no intestino, mencioados anteriormente.
Como a doença se desenvolve?
É uma doença hereditária, mas ainda não se sabe ao certo sua forma de
transmissão. Se desenvolve em cerca de 10% dos familiares de primeiro grau do doente.
Dados mostram que na Europa, num grupo de 300 pessoas, uma pode desenvolver a
doença. Nos Estados Unidos, é mais freqüente nos brancos do que nos negros.
A doença pode permanecer latente ou com sintomas mínimos e ocasionais por
longos períodos. É interessante que em muitos casos os sintomas identificados na
infância podem desaparecer na adolescência, retornando na idade adulta.

28. Doença Celíaca

Microvilosidades intestinais – onde há a
absorção dos nutrientes

29.

Embalagem de alimentos que contêm glúten deve alertar sobre
doença celíaca, diz STJ (jan/2010)
Embalagens de alimentos que contenham glúten devem não
apenas comunicar a presença da substância, mas também informar
sobre a doença celíaca, que constitui uma intolerância a essa
proteína. A determinação é da Segunda Turma do Superior Tribunal
de Justiça (STJ).
Para o STJ, os celíacos (portadores dessa intolerância) têm direito
a serem informados e advertidos claramente dos riscos dos
produtos e que apenas a expressão “contém glúten” seria
insuficiente. Alimentos que contém glúten são derivados de trigo,
cevada e aveia.
Fonte: AGÊNCIA BRASIL

30. GLÚTEN

A medida em que a farinha de trigo é
misturada com água, as proteínas do
trigo se hidratam para formar o
glúten, uma matriz viscoelástica que
“segura” grânulos de amido.
O glúten é uma mistura de
proteínas insolúveis em água,
constituído por duas classes: as
gliadinas e as gluteninas

31.

Archivos Latinoamericanos de Nutrición
ISSN 0004-0622 versión impresa
ALAN v.56 n.3 Caracas sep. 2006
Farinha extrusada de arroz como substituto de glúten na
produção de pão de arroz
Maria Teresa Pedrosa SilvaClerici, Ahmed A. El-Dash Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP) - Departamento de Tecnologia de Alimentos – Faculdade de Engenharia de
Alimentos
Resumo: A procura pela produção de pão sem glúten (PSG) é muito
importante nutricional, técnica e economicamente para pacientes celíacos e
para países em desenvolvimento, que importam trigo. Os maiores problemas
tecnológicos na produção de PSG é obter um substituto de glúten, que tenha
baixo custo e que seja capaz de reter gás durante a fermentação e assamento
do pão. O uso de amido gelatinizado parece ser promissor para substituir o
glúten. Neste trabalho foi feito pão sem glúten, usando farinha de arroz crua
(100%) e adição de 10% de farinha pré-gelatinizada de arroz, como substituto
de glúten. Farinhas pré-gelatinizadas de arroz (FPG) produzidas num extrusor
mono-rosca Brabender, variando-se a temperatura de extrusão (108 - 192oC) e
a umidade da matéria-prima (19,2 a 24,8%) foram usadas ao nível de 10% (em
base de 100% de farinha de arroz) na produção do pão sem glúten. Os
resultados mostraram que a farinha extrusada de arroz a alta temperatura
(180oC) e baixa umidade (20%) produziu pães com as melhores características
tecnológicas, com cor de crosta e miolo semelhantes ao pão de trigo, mas
volume e textura ainda não foram iguais.
Palavras-chave: Pão sem glúten, extrusão
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